SALVAÇÃO
Por Neusa Dias

Nos diz a Palavra de Deus que Davi estava em uma cova, aflito, em aperto, escondido de Saul, seu sogro, procurando se proteger da morte; porém sabendo que aquelas paredes de rocha não poderiam protegê-lo, buscou socorro, em clamor, ao Senhor Yahweh, “Com a minha voz clamo ao SENHOR; com a minha voz suplico ao SENHOR” (Salmos 142:1). Davi, por várias vezes, derramava seu pranto, se queixando diante do Todo-Poderoso, porque, também, Deus já o havia ungido rei, mas ele não estava vivendo o reinado, “Derramo a minha queixa perante a sua face; exponho-lhe a minha aflição” (Salmos 142:2).
Davi estava inseguro, e o espírito do homem, quando, esmorecido, é espírito sem animo; e dentro de Davi havia ameaças de dúvidas sobre seu reinado, pois, sendo ele correto, diante de Deus, Saul ainda o afligia com armadilhas e perseguições, “Quando dentro de mim esmorece o meu espírito então Tu conheces a minha vereda. No meu caminho ocultaram-me um laço” (Salmos 142:3).
Davi enfrentava uma realidade que o encurralava no caminho, e se encontrava entre desconhecidos, pessoas desanimadas, descrentes, como ele também então se encontrava, “Olhei para a minha direita, e vi; mas não havia quem me conhecesse. Refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma” (Salmos 142:4).
Davi então, em meio ao desespero, e rodeado por pessoas também cegas, espiritualmente, negativas e incrédulas, clama novamente por Aquele que é o seu alto refúgio; tudo o que Davi tinha na vida era a unção de rei, poderosa riqueza espiritual, mas ele ainda não sabia usar, e não reinava, “A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, e a minha porção na terra dos viventes” (Salmos 142:5).
Então na sua aflição Davi expõe ao Todo-Poderoso a sua preocupação quanto ao exército de milhares de soldados de Saul contra o seu exército formado por quase 600 homens, apenas; ele pedia a Deus um livramento, mas o Deus Provedor tinha para ele um plano de honra, “Atende o meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores porque são mais fortes do que eu” (Salmos 142:6).
A lição dessa passagem é muito especial, pois nos ensina que o servo do Senhor não se acomoda na prisão, mas transforma a prisão em uma fortaleza de estratégias espirituais; Davi transformou, com o poder da unção de rei, aqueles homens, infelizes, em valentes de guerra, e agora na Caverna de Adulão, Davi não era mais fugitivo, mas rei no exercício pleno do reinado, “Tira me desta prisão para que eu louve o Seu nome; os justos te louvarão, pois me fizeste bem” (Salmos 142:7).
Para vencer uma guerra, principalmente espiritual, como Davi venceu, é preciso se colocar nas mãos de Deus, como Davi se colocou, e lutar bravamente, confiando que Ele não falha, pois, a nossa salvação está nEle, na igreja, fora da igreja não há salvação.